sábado, 27 de abril de 2013

KIRIKU E A FEITICEIRA resenha

         Filme francês produzido em 1998 e dirigido por Michel Ocelot em formato de desenho animado. A obra retrata uma lenda africana que relata valores essenciais à formação do indivíduo, tais como respeito, coragem, bondade e amor ao próximo.
Em uma aldeia distante uma mãe solitária sentada no chão da sua morada espera pelo nascimento de seu filho. Para sua surpresa, o bebê, que ainda dentro da barriga já falava, nasceu correndo e foi se banhar sozinho.
O minúsculo menino se autodenominou Kiriku e passou a fazer um monte de perguntas para a sua mãe. Em uma de suas indagações quis saber onde estavam os homens da aldeia e sua mãe respondeu que tinham ido combater Karabá, a feiticeira, mas não voltaram jamais.
Dentre outras maldades, a feiticeira também havia cortado o fornecimento de água da aldeia e todos, para não perecerem de sede, tinham que buscar o líquido muito longe. Diante disso o pequenino decidiu ir combater a vilã em seu castelo junto com seu tio que era um dos últimos guerreiros da aldeia.
Seu tio, por sua vez, não queria deixá-lo ir por ser muito pequeno, mas o petiz insistiu tanto que foi dentro do chapéu do guerreiro. Lá chegando, a feiticeira pensou que o chapéu que falava era mágico e exigiu que o guerreiro o deixasse em troca da paz na aldeia. Relutante o tio acabou cedendo e deixando o chapéu, supostamente mágico, com Karabá. Mas, quando a bruxa descobriu que fora enganada ela resolveu impor mais castigos à aldeia, inclusive queimando algumas moradas.
Por que a feiticeira era tão má? Sempre perguntava o pequeno recém-nascido. Essa resposta sua mãe disse para ele ter com seu avô do outro lado da montanha sagrada. Mas para chegar até lá seria necessário passar pelo castelo da feiticeira e ninguém havia conseguido.
Enquanto pensava numa maneira de ir até a montanha sem ser visto, Kiriku resolveu investigar o problema da fonte que parara de jorrar. Intrépido entrou pela pequena abertura por onde deveria sair água e seguiu até encontrar um monstro que estava bebendo toda água. Com o punhal que pertencera a seu pai ele furou a barriga do monstro fazendo vazar toda água que jorrou abundante. Isso só deixou a bruxa ainda mais furiosa com o menino.
Decidido este foi procurar seu avô e, valendo-se de sua astúcia, conseguiu transpor a montanha sem ser visto. Já diante do sábio, soube que a feiticeira só era má porque haviam espetado um espinho envenenado em suas costas e ela sofria muito com isso, mas não havia ninguém que pudesse lhe ajudar. E também soube que o espinho é que dava os poderes a ela.
Com muita valentia o veloz Kiriku conseguiu finalmente retirar o espinho encantado das costas da feiticeira tornando-a boazinha novamente. Ela ficou muito agradecida e o beijou. Assim como num toque de mágica, com o beijo, o pequenino bebê se transformou num formoso guerreiro e foram juntos à aldeia para anunciar as boas novas.
Mas os membros da aldeia não reconheceram Kiriku e fugiram com medo da feiticeira sem acreditarem que ela havia ficado boazinha.
A mãe do nosso herói finalmente reconheceu o filho querido, mas não acreditaram na feiticeira. Só acreditaram quando o sábio avô chegou e explicou o ocorrido.
Sem a figura maligna da feiticeira a aldeia ficou em paz e todos festejaram a volta dos seus guerreiros que haviam sido transformados em guardiães da malvada.
História muito interessante que retrata a importância da persistência e o desapego às aparências.

LÚCIA HELENA DA ENCARNAÇÃO - Acadêmica de Pedagogia - Faculdade UNAERP- Guarujá/SP

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