Filme
francês produzido em 1998 e dirigido por Michel Ocelot em formato de desenho
animado. A obra retrata uma lenda africana que relata valores essenciais à
formação do indivíduo, tais como respeito, coragem, bondade e amor ao próximo.
Em
uma aldeia distante uma mãe solitária sentada no chão da sua morada espera pelo
nascimento de seu filho. Para sua surpresa, o bebê, que ainda dentro da barriga
já falava, nasceu correndo e foi se banhar sozinho.
O
minúsculo menino se autodenominou Kiriku e passou a fazer um monte de perguntas
para a sua mãe. Em uma de suas indagações quis saber onde estavam os homens da
aldeia e sua mãe respondeu que tinham ido combater Karabá, a feiticeira, mas
não voltaram jamais.
Dentre
outras maldades, a feiticeira também havia cortado o fornecimento de água da
aldeia e todos, para não perecerem de sede, tinham que buscar o líquido muito
longe. Diante disso o pequenino decidiu ir combater a vilã em seu castelo junto
com seu tio que era um dos últimos guerreiros da aldeia.
Seu
tio, por sua vez, não queria deixá-lo ir por ser muito pequeno, mas o petiz
insistiu tanto que foi dentro do chapéu do guerreiro. Lá chegando, a feiticeira
pensou que o chapéu que falava era mágico e exigiu que o guerreiro o deixasse
em troca da paz na aldeia. Relutante o tio acabou cedendo e deixando o chapéu,
supostamente mágico, com Karabá. Mas, quando a bruxa descobriu que fora
enganada ela resolveu impor mais castigos à aldeia, inclusive queimando algumas
moradas.
Por
que a feiticeira era tão má? Sempre perguntava o pequeno recém-nascido. Essa
resposta sua mãe disse para ele ter com seu avô do outro lado da montanha
sagrada. Mas para chegar até lá seria necessário passar pelo castelo da
feiticeira e ninguém havia conseguido.
Enquanto
pensava numa maneira de ir até a montanha sem ser visto, Kiriku resolveu
investigar o problema da fonte que parara de jorrar. Intrépido entrou pela
pequena abertura por onde deveria sair água e seguiu até encontrar um monstro que
estava bebendo toda água. Com o punhal que pertencera a seu pai ele furou a
barriga do monstro fazendo vazar toda água que jorrou abundante. Isso só deixou
a bruxa ainda mais furiosa com o menino.
Decidido
este foi procurar seu avô e, valendo-se de sua astúcia, conseguiu transpor a
montanha sem ser visto. Já diante do sábio, soube que a feiticeira só era má
porque haviam espetado um espinho envenenado em suas costas e ela sofria muito
com isso, mas não havia ninguém que pudesse lhe ajudar. E também soube que o
espinho é que dava os poderes a ela.
Com
muita valentia o veloz Kiriku conseguiu finalmente retirar o espinho encantado
das costas da feiticeira tornando-a boazinha novamente. Ela ficou muito
agradecida e o beijou. Assim como num toque de mágica, com o beijo, o pequenino
bebê se transformou num formoso guerreiro e foram juntos à aldeia para anunciar
as boas novas.
Mas
os membros da aldeia não reconheceram Kiriku e fugiram com medo da feiticeira
sem acreditarem que ela havia ficado boazinha.
A
mãe do nosso herói finalmente reconheceu o filho querido, mas não acreditaram
na feiticeira. Só acreditaram quando o sábio avô chegou e explicou o ocorrido.
Sem
a figura maligna da feiticeira a aldeia ficou em paz e todos festejaram a volta
dos seus guerreiros que haviam sido transformados em guardiães da malvada.
História
muito interessante que retrata a importância da persistência e o desapego às
aparências.
LÚCIA HELENA DA ENCARNAÇÃO - Acadêmica de Pedagogia - Faculdade UNAERP- Guarujá/SP
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