terça-feira, 2 de abril de 2013

O Nome da Rosa resenha

Filme baseado na obra do escritor e filósofo italiano Umberto Eco, nascido em 1932, que dedicou os primeiros anos de sua carreira ao estudo da estética medieval, sobretudo aos textos de S. Tomás de Aquino.
O Nome da Rosa foi exibido nos cinemas em 1986, sendo dirigido por Jean-Jacques Annaud. No papel de Guilherme de Baskerville, protagonista da história, estava o ator inglês Sean Connery que contracenou com outras grandes figuras do cinema como Christian Slater e Ron Perlman. O roteiro ficou por conta de Andrew Birkin, que também participou da adaptação da história de Joana d’Arc para o cinema.
Num mosteiro da idade medieval do século XIV o assassinato de sete monges em sete dias e sete noites, desafia o extraordinário talento dedutivo de um sábio franciscano inglês que fora enviado para esclarecer as mortes. Apesar dos fatos, os monges queriam atribuir aos eventos macabros às forças demoníacas. A igreja tendia a ver coisas diabólicas em tudo que acontecia, e castigava severamente a quem duvidasse dos seus dogmas.   
As abadias ou mosteiros exerciam uma grande influência sobre os povos que se desenvolviam em torno delas e que viviam em sua função.
Os assassinatos estavam diretamente ligados aos livros de filósofos gregos, em especial a um certo livro de Aristóteles. Este clássico tivera suas páginas envenenadas e quem o folheasse, ao molhar o dedo na boca para virar as páginas, acabava morto. As autoridades eclesiásticas proibiam estes livros por julgarem que continham ensinamentos que colocavam em dúvida os dogmas da igreja. Esta obra de Aristóteles em especial, era uma comédia satírica e, portanto proibida, pois os ensinamentos da igreja diziam que o riso fazia esquecer o diabo e o diabo era necessário para que se temesse e se buscasse a Deus. Também, ao contrário dos filósofos que diziam que o saber edifica o homem, os padres afirmavam que o saber os corrompia, portanto, escondiam ou destruíam os clássicos gregos. 
Apesar dos impedimentos a trama foi desvendada pelo investigador, mas a Abadia com sua estupenda biblioteca pegou fogo destruindo todo acervo, só restando alguns exemplares que este conseguiu salvar das chamas.  
Sendo assim, a película nos mostra de que formas a igreja impunha a inquisição, com seus dogmas e valores autoritários aos monges e a população que, de certo modo, dependia dos mosteiros.

LÚCIA HELENA DA ENCARNAÇÃO - acadêmica da 5ª etapa do curso de pedagogia, da Faculdade UNAERP - Campus Guarujá - 2013 .  
                                  
                                                                                          

                           
                            

                           

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