Fernão Capelo Gaivota é um romance de Richard
Bach, publicado originalmente
nos Estados Unidos em 1970, com o
título de "Jonathan Livingston Seagull — a story", foi lançado
no Brasil como "A História de Fernão Capelo Gaivota" pela editora
Nórdica.
O autor
Richard David Bach nasceu nos Estados Unidos em 23 de junho de 1936. Por seu amor à arte de voar e por seus
livros relacionados ao ar e ao voo, ficou conhecido
como o autor de 1970[1].
Ao amanhecer, o bando de gaivotas começava a vida
lutando por alguns restos de peixes que os barcos lançavam ao mar, para elas o
mais importante era se alimentar. Não se importavam em aprender grandes
manobras em seus voos, o objetivo principal era voar em busca de alimento.
Mas,
para Fernão Capelo Gaivota o imprescindível era o voo e não só a comida. Ele
vivia distante dos barcos e da costa treinando manobras arriscadas e
incompatíveis com as gaivotas comuns, aprendendo sozinho a deslizar pelas águas
calmas do mar.
Os
pais da jovem gaivota desaprovavam suas atitudes e pediam para que ela parasse
com aqueles treinos. Eles estavam muito preocupados com seu filho, pois achavam
que aquilo iria prejudicá-lo na sua sobrevivência dentro do bando.
O
pai de Fernão o alertou sobre o inverno que se aproximava e sobre as
dificuldades de se conseguir alimento nesse período e que, a razão do voo para as
gaivotas sempre foi à busca por comida. Sua mãe dizia que ele estava de um
jeito que era só pena e osso, ficava voando fazendo piruetas e não se
preocupava em se alimentar.
Por
insistência dos seus pais, Fernão Capelo parou com aquela loucura por alguns
dias, mas, sua vontade de aprender era tanta que não se conteve e voltou a
praticar seus voos arriscados. Para ele não fazia sentido voar só para comer,
seria uma vida muito monótona. Fernão queria mais, por isso, voltou a treinar
seus voos em grandes velocidades e altitudes até estabelecer um recorde mundial
para as gaivotas.
Mas,
o conselho de gaivotas mais velhas se reuniu e foi decidido que, por sua
imprudência e irresponsabilidade, Capelo seria expulso do bando para viver
solitário nos Penhascos Longínquos.
Fernão
Gaivota, inconformado com aquela decisão, protestou e gritou pedindo para que o
deixassem demonstrar tudo que aprendera. Ele afirmava que a vida teria um
significado maior se não voassem somente para se alimentar. Entretanto, os
líderes do bando, que eram duros como rocha, disseram a todos para não darem
importância e àquelas palavras e para virarem-se de costas.
Fernão
partiu para o seu destino levando consigo a vontade de conhecer e conquistar a
liberdade de voar. No exílio ele treinou bastante e aprendeu a mergulhar no mar
em grande velocidade, isso lhe deu o prazer de saborear os peixes mais raros e
saborosos que viviam a três metros abaixo da superfície. Dominando os altos
ventos do continente, também jantava delicados insetos. Fernão Gaivota aprendia
cada vez mais a cada dia e a solidão não o entristecia, ele até se sentia
feliz.
Certo
dia, em um de seus voos solitários entre as montanhas, Fernão encontrou duas
gaivotas que o levaram para voar muito mais alto. Era um desafio, a descoberta
de uma nova vida, de um novo mundo formado por gaivotas expulsas dos seus
bandos.
Capelo,
maravilhado, perguntou à gaivota mais velha se aquele lugar onde viviam não
seria o paraíso. Chiang respondeu afirmando que o paraíso não é um lugar nem um
tempo e que o paraíso é ser perfeito. Disse ainda, que ele deveria se preparar
para voar além e para conhecer o significado das palavras “bondade” e “amor”.
Gaivota
seguiu os ensinamentos do Mais Velho e passou a treinar muito com seus novos
amigos e aprendeu a manobrar melhor suas asas. A potência de seus voos estava
cada vez maior, superando limites de velocidade, era incansável, queria a
perfeição.
Com
o passar dos tempos Fernão começou a sentir saudade da sua terra natal. Então
resolveu retornar para reconquistar seu posto dentro do bando de gaivotas.
Queria ser um instrutor de voo para elas. No caminho de casa, voando pelos
Penhascos, Capelo foi encontrando outras gaivotas banidas e foi formando um
pequeno grupo de seguidores.
Segundo
a lei do bando, nenhum banido poderia regressar, mas, Fernão Capelo Gaivota
junto com seus adeptos quebraram as regras e voltaram. De volta ao bando, o
chefe proibiu todas as gaivotas de falarem com os expulsos, caso contrário
também seriam banidas.
Capelo,
indiferente, sobrevoava a Praia dos Conselhos executando manobras radicais em
alta velocidade junto com seus amigos. Aos poucos as jovens gaivotas do bando,
que ficavam espiando escondidas, foram se aproximando da praia onde estava
Fernão.
Quando
a primeira delas criou coragem e pediu para aprender a voar como ele, também
foi banida do bando. Mesmo assim, mais e mais gaivotas pediam para participar
do aprendizado. A multidão de espectadores crescia de dia para dia: vinham
fazer perguntas, idolatrá-lo ou injuriá-lo.
Certo
dia, quando uma multidão de gaivotas radicais do bando atentou contra a vida de
Fernão, este resolveu partir deixando seu melhor aluno Francisco Gaivota como
instrutor dos jovens aprendizes. Ao partir, Fernão Capelo pediu a Francisco
para que não deixasse que espalhassem boatos sobre ele, que ele não era nem
Deus nem demônio.
Fernão
acreditava que todos poderiam fazer o que ele fazia, bastava que fossem
dedicados e não se deixassem acomodar em seus voos limitados. Todos deveriam
tentar ultrapassar os limites e não se contentarem com dogmas estabelecidos.
Essa
é uma história de superação e quebra de preconceitos. Para o autor, ninguém
deve se contentar em aceitar “migalhas de pão ou cabeças de peixe”. Para ele,
“a vida é algo mais do que aquilo que os nossos olhos veem”.
Sendo
assim, é de grande importância o trabalho com esse livro para os alunos na
escola, porque desperta valores como, amor, amizade e liberdade. Além desses,
outros valores pode ser discutido em sala de aula, o perdão, a busca pelo
conhecimento e aprendizagem. Esses ensinamentos contribuirão para o seu
crescimento individual e também como cidadão.
LÚCIA HELENA DA ENCARNAÇÃO - UNAERP Guarujá
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